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Acordo global sobre poluição causada pelos plásticos e os avanços metodológicos da ACV

22/03/2022

Em 2 de março de 2022, Chefes de Estado, Ministros do Meio Ambiente e outros representantes de 175 nações aprovaram uma histórica resolução na Assembleia da ONU para o Meio Ambiente (UNEA-5), em Nairóbi, para eliminar a poluição causada pelos plásticos. A resolução aborda o ciclo de vida completo do plástico, incluindo seu design, produção e fim de vida.

Inger Andersen, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), disse que o acordo é o mais importante acordo ambiental multilateral internacional desde o acordo climático de Paris.

A resolução estabelece a criação de um Comitê Intergovernamental de Negociação (INC), que começará os seus trabalhos em 2022, com a ambição de concluir um projeto de acordo internacional juridicamente vinculativo até ao final de 2024.

Os estados membros da ONU decidiram que os seguintes elementos devem ser considerados no desenvolvimento do novo tratado:

  • • Objetivos globais para combater a poluição por plásticos em ambientes marinhos e outros e seus impactos;
  • • Obrigações e medidas globais ao longo de todo o ciclo de vida dos plásticos, incluindo a concepção do produto, consumo e gerenciamento de resíduos;
  • • Mecanismo para fornecer informações e avaliações científicas relevantes para políticas públicas;
  • • Mecanismo para fornecer apoio financeiro para a implementação do tratado;
  • • Medidas cooperativas nacionais e internacionais;
  • • Planos de ação nacionais e relatórios para a prevenção, redução e eliminação da poluição plástica;
  • • Avaliação do progresso da implementação do tratado.


Avaliação do Ciclo de Vida e o impacto ambiental da poluição pelos plásticos
Atualmente, o projeto MarILCA (Marine Impacts in LCA) está em sua segunda fase e permitirá integrar os potenciais impactos ambientais do lixo marinho, especialmente plástico, nos resultados da ACV. Com isso, até 2025 teremos acesso a uma estrutura consistente e abrangente para modelar os impactos potenciais do lixo plástico, principalmente no ambiente marinho, em modelos avaliação de impacto do ciclo de vida.

A estrutura proposta vincula dados de inventário de plásticos destinado para compartimentos ambientais a seis áreas de proteção: qualidade do ecossistema, saúde humana, ativos socioeconômicos, serviços ecossistêmicos, patrimônio natural e cultural.