Ao decidir calcular a Pegada de Carbono de um produto é comum encontrarmos várias normas diferentes. Apesar dos esforços para harmonizá-las, as normas possuem aplicações específicas e diferentes públicos-alvos.
Ao seguir uma norma de Pegada de Carbono de Produto (PCP) é possível quantificar, gerenciar e comunicar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) relacionadas a bens e serviços. As normas baseiam-se na Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), mas possuem uma única questão ambiental como foco, o Aquecimento Global.
Nos últimos anos, um número crescente de empresas tem quantificado a Pegada de Carbono de seus produtos, por vários motivos: melhorar a reputação no mercado, envolver stakeholders, cumprir as (próximas) obrigações regulatórias e dar o primeiro passo em direção a uma pegada ambiental mais abrangente.
As várias normas de PCP orientam as empresas e apoiam a credibilidade das métricas divulgadas publicamente.
Por que existem diferentes normas de Pegada de Carbono de Produto?
A necessidade de transparência sobre as emissões de GEE de produtos impulsionou o desenvolvimento de diversas metodologias em diferentes momentos e por diferentes organizações. Podemos classificar essas metodologias em dois grupos:
Além da abrangência geográfica, as normas possuem como diferencial o nível de detalhamento. Por exemplo, a norma ISO 14067 é o padrão de referência internacional para a elaboração de PCP, mas possui um detalhamento mais generalizado dos requisitos. Já as normas GHG Protocol Product Standard e PAS 2050, fornecem requisitos mais detalhados com menos espaço para interpretações próprias.
Qual norma devo seguir?
Não há uma resposta simples para a escolha da metodologia, mas existem alguns passos que podem nos ajudar.
Quanto seu objetivo estiver claro, cada uma das nomas de Pegada de Carbono de Produto pode ajudá-lo na compreensão das emissões de GEE do produto avaliado com base em resultados sólidos. E com isso, suportar a tomada de decisão sobre medidas para redução das emissões. Todo esse conjunto garante uma comunicação relevante para os negócios.
Artigo elaborado com base em: Schryver e Zampori (2022)